terça-feira, 31 de julho de 2012

CD – Flávio Guimarães – Little Blues


Um dos melhores discos de blues nacional que eu conheço, esse trabalho solo do gaitista carioca Flávio Guimarães do Blues Etílicos acompanhado por alguns dos seus companheiros de banda e com convidados especiais como Ed Motta, Sugar Blue, Frejat e Paulo Moura. Conheço esse disco há muito tempo, mas só fui comprá-lo ano passado pois era um item meio sumido nas lojas de discos tradicionais e que foi relançado 15 anos depois do lançamento. Ainda assim só encontrei numa loja especializada em gaitas no bairro do Embaré em Santos chamada Harmonica Master (se vc é gaitista, tem que ir lá).

Falando do disco em si, tecnicamente ele é perfeito, até pela qualidade dos músicos que estão presentes aliado ao repertório que, além de composições próprias tem alguns clássicos do Blues como Baby Please Don’t Go e o tradicionalíssimo Hoochie Coochie Man e ainda um grande clássico do JAZZ, Take Five. De cara o disco abre com Telephone Blues e Take Five, a primeira um blues bem tradicional, já a segunda é um JAZZ instrumental numa versão um pouco mais blueseira tocada na gaita cromática assim como a seguinte Blues Jam for Charlie.

Na faixa 4 temos a participação de Ed Motta nos vocais de Honest I Do que ficou excelente já que ele não abusa tanto dos solos vocais concentrando mais no vocal propriamente dito. Mais adiante temos a rápida e swingada Free Delay, Hoochie Coochie Man provavelmente o blues mais regravado da história que aparece aqui numa versão bem moderna seguida pela ótima Sick and Tired. Surfing é outra ótima faixa instrumental que antecede outro clássico, Baby Please Don’t Go e mais adiante uma bem conhecida da MPB, Na Baixa do Sapateiro.

Fecham o CD mais três músicas instrumetais, Tin Sandwich Swing e Russo’s Blues, mais voltadas para o JAZZ e Blues pra Márcia encerrando o disco no Blues propriamente dito. Um disco para os amantes do Blues e gaitistas em geral, ideal para que gosta também de um som mais instrumental já que nem todas as faixas têm vocais. Recomedo!

Lista de músicas:
01. Telephone Blues
02. Take Five
03. Blues Jam for Charlie
04. Honest I Do
05. Blue Stu
06. Free Delay
07. Hoochie Coochie Man
08. Sick and Tired
09. Surfing
10. Baby Please Don’t Go
11. Hand Jive
12. Na Baixa do Sapateiro
13. Tin Sandwich Swing
14. Russo’s Blues
15.
Blues pra Márcia

Onde: Harmonica Master – Av. Dr. Epitácio Pessoa, 172 lj 40, Santos-SP
Quanto: R$17,00

Capa do CD:
Flávio Guimarães

sábado, 28 de julho de 2012

CD – Blaze Bayley – Promise and Terror


Esse disco foi um presente do meu amigo Tavito, o maior fã de Iron Maiden que eu conheço, e como não podia deixar de ser, o CD é de um ex-vocalista do Maiden, amado por uns, odiado por outros...Blaze Bayley.

Promise and Terror é um disco muito bom, que em alguns momentos lembra os tempos de Blaze no Iron nos discos Virtual XI e e The X Factor. Acompanharam Blaze nas gravações Nico Bermudez (g), Jay Walsh (g), David Bermudez (bx) e Lawrence Paterson (bt). Segundo o próprio Tavito me contou, esse disco só foi possível graças aos fãs, que por meio de doações custearam a produção e mixagem. O resultado foi esse CD de Heavy Metal puro e direto com toques de melódico.

A abertura não podia ser melhor com Watching the Night Sky, rápida e pesada com Blaze cantando dentro do seu estilo assim como na faixa seguinte, Madness and Sorrow. 1633 começa com a introdução mais lenta seguida pelo riff super rápido. City of Bones é outra faixa bem interessante começando com uma marcha militar seguida por Faceless, seguindo o estilo das faixas anteriores.

Surrounded by Sadness é uma das melhores músicas do disco, uma balada que começa acústica cantada por Blaze quase como se fosse um Blues para no final se transformar num Hard Rock poderoso que quase emenda em The Trace of Thing That Have No Words. Fecham o disco Letting Go of the World e Comfortable in Darknes, mais duas ótimas faixas.

Um ótimo disco de Heavy Metal que vai mudar a opinião de muita gente (assim como mudou a minha) sobre Blaze Bayley que, assim como Tony Martin no Black Sabbath, é pouco valorizado por sua passagem pelo Maiden mas é um excelente vocalista e merece ser ouvido com atenção. Recomendo a todos, fãs de Iron ou não!

Lista de músicas:
01. Watching the Night Sky
02. Madness and Sorrow
03. 1633
04. God of Speed
05. City of Bones
06. Faceless
07. Time to Dare
08. Surrounded by Sadness
09. Tha Trace of Thing That Have No Words
10. Letting Go of the World
11. Comfortable in Darkness

Onde: N/A
Quanto: N/A

Capa do CD:

terça-feira, 24 de julho de 2012

CD – Capital Inicial – MTv Especial – Aborto Elétrico


Para quem não sabe, o Capital Inicial e a Legião Urbana foram, há muito tempo atrás, uma banda só chamada Aborto Elétrico formada por integrantes das 2 bandas, os irmãos Lemos do Capital junto com Ico Ouro Preto, irmão do atual vocalista Dinho e Renato Russo da Legião, além do guitarrista André Pretorious. Quando a banda se separou, eles “dividiram” o repertório entre as novas bandas que formariam em seguida. Esse disco é uma releitura desses clássicos feita pelo próprio Capital, recriando os arranjos e a sonoridade da Brasília do final dos anos 70.

Ao todo são 18 faixas, quase todas bem conhecidas do público em geral por terem se tornado sucessos das respectivas bandas. Muitas das músicas soam diferentes do que estamos acostumados a ouvir justamente por essa nova roupagem nos arranjos. Hits como Fátima, Química e Que País e Esse, por exemplo são facilmente reconhecidas, mas com algumas diferenças.

Das músicas que fizeram sucesso com a Legião, destacam-se Tédio, Conexão Amazônica, Geração Coca-Cola, além das já citadas acima, enquanto do Capital temos Veraneio Vascaína (referência às antigas viaturas da polícia militar), Música Urbana e a já citada Fátima, entre outras. O disco mostra também músicas um pouco menos conhecidas como Ficção Científica, Construção Civil e Benzina, mas também com versões interessantes.

Acho um bom disco que além de prestar uma homenagem ao Rock de Brasília dos tempos da ditadura militar, mostra o potencial do Aborto Elétrico na época e que resultou em duas das maiores bandas do Rock Nacional. Recomendado a todos os amantes do nosso rock brazuca!

Lista de músicas:
01. Tédio
02. Love Song One
03. Fátima
04. Helicópteros no Céu
05. Química
06. Ficção Científica
07. Conexão Amazônica
08. Submissa
09. Que País é Esse
10. Baader Meinhoff Blues nº1
11. Anúncio de Refrigerante
12. Heroína
13. Despertar dos Mortos
14. Veraneio Vascaína
15. Construção Cívil
16. Geração Coca-Cola
17. Música Urbana
18. Benzina

Onde: Americanas.com
Quanto: R$9,90

Capa do CD:
Aborto Elétrico

domingo, 22 de julho de 2012

CD – Prince - 1999


Lançado em 1982, esse disco precedeu o aclamado Purple Rain e é um dos maiores sucessos da carreira do cantor e multi-instrumentista americano Prince Rogers Nelson. 1999 é o 5º álbum de Prince lançado na época como LP duplo e que começou a alçá-lo para o estrelato do mundo Pop e  faz parte da lista dos 200 álbuns definitivos do Rock n’ Roll Hall of Fame.

A voz metálica e computadorizada do começo do disco já mostra que o que vem a seguir é um disco moderno de Pop/Rock/R&B que soa atual até hoje. Com uma formação que já contava com alguns músicos que formariam posteriormente a banda Revolution como Lisa Coleman, Prince abre o disco já com a faixa título numa versão de mais de 6 minutos de guitarras e sintetizadores, marca registrada do rock nos anos 80.

Seguindo o estilo da faixa inicial vem outros 2 singles de sucesso, Little Red Corvette e Delirious, essa útlima com uma melodia de teclado que fica na cabeça por um bom tempo. Nessa época Prince já demonstrava não ligar muito para os padrões, as 3 músicas seguintes; Let’s Pretend We’re Married, D.M.S.R. e Automatic duram 7:22, 8:18 e 9:28 minutos respectivamente. Dá pra perceber porque virou um disco duplo! Todas elas bem no estilo Pop/Dance que ele tocava na época com as linhas de baixo cheias de groove e abusando dos teclados e sintetizadores, sem contar é claros, seus gritinhos característicos.

As faixas seguem nesse estilo até o fim, sem muitas mudanças. Free é uma balada típica com batida lenta e bem marcada e vocal suave. Lady Cab Driver é última das músicas longas com mais de 8 minutos de duração e muito swing nas linhas de baixo. Fecham o CD All the Critics Love New York e International Lover, outra balada cantada com o característico falsete de Prince. Ótimo disco, principalmente para quem já passou dos 30! Recomendo!

Lista de Músicas:
01 - 1999
02 – Little Red Corvette
03 - Delirious
04 – Let’s Pretend We’re Married
05 – D.M.S.R.
06 - Automatic
07 – Something in the Water
08 - Free
09 – Lady Cab Driver
10 – All the Critics Love U in New York
11 – International Lover

Onde: CD Bar – Av. Padre Antonio José dos Santos, 898 – Brooklin – SP
Quanto: R$15,00

Capa do CD:

quinta-feira, 19 de julho de 2012

CD – Deep Purple – Burn


Em homenagem a Jon Lord, outro mestre do Rock que perdemos essa semana, um post especial sobre um dos meus discos preferidos do Deep Purple, Burn! Lançado em 1974, Burn é o primeiro disco do Purple com a formação que ficou conhecida com MarkIII onde Glen Hughes e David Coverdale assumiram respectivamente baixo/vocal e vocal substituindo Ian Gillan e Roger Glover, permanecendo os integrantes originais Ritchie Blackmore (g), Ian Paice (bx) e o já saudoso Lord nos teclados.

O disco contém 8 faixas, sendo que duas delas se tornaram clássicos dessa formação do Purple como a faixa-título, que abre o disco e Mistreated, a penúltima. Burn abre o set com uma explosão sonora no riff tocado por Blackmore acompanhado pela bateria e depois com o teclado de Jon Lord acompanhado o riff magistralmente. Os vocais são um caso à parte com Coverdale e Hughes alternando as vozes durante toda a música numa dinâmica impresionante! Ano passado tive a felicidade de conferir ao vivo essa música com David Coverdale fechando o show do Whitesnake em SP, na abertura do show do Judas Priest.

A faixa seguinte, Might Just Take Your Life é bem diferente, mais leve e swingada, mostrando a versatilidade de Blackmore e da banda assim como na música seguinte, Lay Down, Stay Down. Sail Away é outra bem ritmada e mais lenta. You Fool No One, seria a faixa da abertura do lado B, outra ótima música que mescla peso e ritmo. Na sequência temos What’s Going on Here para depois, chegarmos enfim em Mistreated, uma das melhores músicas da banda na minha opinião onde Blackmore desfila toda sua técnica na guitarra e o seu gosto por melodias mais clássicas, principalmente se você escutar uma das versões ao vivo do próprio Purple, como CD Made in Europe ou até do Rainbow com DIO nos vocais, dando uma dramaticidade ainda maior à música. Fecha está obra-prima “A”200, música instrumental que lembra muito o estilo de outra banda bem conhecida do Rock Progressivo, Emerson, Lake & Palmer!

Considero esse um dos melhores discos do Deep Purple e gosto muito dessa formação (não que a formação mais clássica com Gillan não me agrade) pois assim como a era DIO no Black Sabbath, deu uma nova cara para a banda numa época em que ela precisava se reinventar. O fato de ter 2 excelentes vocalistas alternando os vocais em vários momentos também dá um toque especial à músicas. Item básico para os admiradores de Classic Rock/Heavy Metal!

Jon Lord

Nascido em Leicester, Inglaterra em junho de 1941, Johnathan Douglas Lord foi um dos fundadores do Deep Purple em 1968 e passou pelas diversas formações da banda até sua saída definitiva em 2002. Entre outros projetos musicais, Lord participou também do Whitesnake, banda do seu ex-parceiro do Purple, David Coverdale. Lord também era pianista clássico e Doutor em Música pela Universidade de Leicester e mesmo no Deep Purple teve oportunidade de mostrar esse seu lado em shows como o Concerto for Group & Orchestra, com música escrita por ele e letras a cargo de Ian Gillan que foi executado com a Orquestra Royal Philamornic. Enfim, mais um gênio da música que perdemos mas que ficará eternizado na sua extensa obra.

Lista de músicas:

01. Burn
02. Might Just Take Your Life
03. Lay Down, Stay Down
04. Sail Away
05. You Fool No One
06. What’s Going on Here
07. Mistreated
08. “A” 200

Onde: Harmony Sound Vision – Shopping SP Market 
Quanto: R$16,90

Capa do CD:

Jon Lord (Johnathan Douglas Lord) 1941 - 2012


terça-feira, 17 de julho de 2012

CD – Charlie Musselwhite – Signature


Esse é o CD que mencionei no meu outro post sobre Charlie Musselwhite (veja aqui) do disco The Well. Comprei esse ano passado depois que um amigo meu perdeu o k7 original que eu tinha, comprado em Nova York em 1995. Signature foi o primeiro disco de um gaitista que eu tive, e que aumentou meu fascínio pelo instrumento que acabei adotando para a minha carreira musical. Anos depois tive a oportunidade de vê-lo ao vivo (e conversar com ele) no Bourbon Street Music Club, em São Paulo.

Lançado originalmente em 1991, Signature é o 15º álbum da carreira desse gaitista americano que é considerado um dos mestres do instrumento. São 10 músicas com Charlie mantendo o seu estilo arrojado de gaita alternando entre Cromática e Diatônica, além de cantar como sempre faz em seus discos.

A abertura não podia ser melhor, Make My Gateaway começa com uma gaita nervosa num solo de introdução de causar inveja à qualquer gaitista, profissional ou amador. Já a sequência é um pouco mais leve com Blues Got Me Again, mais lenta e com um solo mais arrastado seguida de Mama Long Legs, faixa um pouco mais puxada para o R&B com naipe de metais e um ritmo mais swingado.

38 Special já é um Blues bem arrastado com introdução na gaita seguida pela entrada dos outros instrumentos para, só depois entrar o vocal, uma das melhores músicas do disco. A faixa seguinte é It’s Getting Warm in Here com um estilo parecido com a faixa 02, seguida por Waht’s New, clássico do Jazz imortalizado na voz de Billie Holiday tocada em versão instrumental na gaita cromática. Hey! Miss Bessie é outra música mais rápida seguida pela lenta Me and My Babyand The Blues, outro que começa com uma gaita meio rouca num estilo bem clássico depois acompanhado pela guitarra e um ótimo arranjo de metais.

Para fechar, Catwalk outra instrumental bem interessante com vários contratempos e paradas, também tocada em gaita cromática e por último, a melhor música do disco, parceria de Charlie Musselwhite com John Lee Hooker que faz o vocal e a guitarra deixando Charlie livre para acompanhá-lo na gaita repleta de frases melódicas e efeitos distorcidos num Blues bem lento e arrastado, simplesmente de arrepiar! Um dos melhores discos de Blues que eu conheço que com certeza vai agradar a todos os apreciadores do gênero, mas difícil de encontrar por aqui. Disponível no AMAZON.

Lista de músicas:
01. Make My Gateway
02. Blues Got Me Again
03. Mama Long Legs
04. 38 Special
05. It’s Getting Warm In Here
06. What’s New
07. Hey! Miss Bessie
08. Me and My Baby and The Blues
09. Catwalk
10. Cheatin’ on Me (c/ John Lee Hooker)

Onde: Bavária Discos – Rua Joaquim Nabuco, 133 - Brooklin
Quanto: R$65,00

Capa do CD:

sábado, 14 de julho de 2012

Especial – Dia Mundial do Rock


Hoje é o Dia Mundial do Rock, o dia em que comemoramos o estilo musical que mudou o comportamento de uma geração, e se tornou sinônimo de diversão, estilo e rebeldia! A data de 13 julho foi definida como dia do rock após o Live Aid de 1985, mega show que contou com alguns dos maiores nomes do gênero em prol da fome na Africa.

História

O Rock veio do Blues americano, ritmo criado pelos escravos nas fazendas de algodão dos EUA no final do século XIX, início do XX. Após a evolução do Blues de Chicago com a entrada das guitarras elétricas o gênero foi se modificando e, junto com o R&B vindo das igrejas, se transformou no estilo que ficou marcado na voz e nos quadris de Elvis Presley no final da década de 50. Na época, o que Elvis fazia, nada mais era do que o mesmo Rock que já era tocado por músicos como Chuck Berry, Little Richard, Fats Domino, entre outros. A diferença é que Elvis era branco, na América racista dos anos 50, era praticamente proibido ouvir o que eles chamavam de “música de negros”.

Apesar de ser um ritmo originalmente americano, o Rock foi revolucionado por várias bandas inglesas a partir dos anos 60. Os Beatles e os Rolling Stones se tornaram as duas maiores bandas de todos os tempos, o Black Sabbath inventou o Heavy Metal que posteriormente foi re-inventado pelo que se chamou de New Wave of British Heavy Metal com bandas como Iron Maiden e Judas Priest. Não podemos esquecer dos precursores do progressivo, o Pink Floyd além do Deep Purple, The Who, Rainbow e do Led Zeppelin. Nos anos 70 teve início também na Inglaterra, o Punk Rock, com os Sex Pistols. Fazendo justiça aos americanos, eles nos deram grandes bandas também, como Doors, Beach Boys, Iron Butterfly, Janis Joplin, entre outros.

Os anos 80 ficaram marcados, além da já citada NWOBHM, do início do Trash Metal, versão ainda mais rápida e pesada do Heavy que estorou com bandas como Metallica, Slayer, Megadeth, Antrax e Testament. Outro estilo que bombou nessa década foi Hard Rock, ou Glam Metal, marcado por bandas como Poison, Skid Row, Motley Crüe, Bom Jovi e Guns n’ Roses. Outra banda que pode ser enquadrada nesse estilo é o KISS, que literalmente mudou a cara do Rock com seus figurinos e maquiagens bizarros, estampados em inúmeras camisetas e outros itens de merchandising espalhados pelo mundo. O Pop Rock também teve seu auge nessa época com U2, Prince e The Police.

A década seguinte foi revolucionada pelas bandas de Seattle com o grunge, criado por grupos como Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden e Alice in Chains, que transformaram o rock underground em sucesso mundial. Essa década também foi marcada pela “ressurreição” de alguns ícones como Ozzy Osbourne e seu No More Tears, o próprio Black Sabbath voltando com DIO no álbum Dehumanizer, o épico Black Album do Metallica e a obra-prima do Guns n’ Roses, os discos irmãos Use Your Illusion 1 e 2, formando um disco quádruplo recheado de hits. Outro estilo que começou a fazer sucesso nessa época foi o Metal Melódico com bandas como Dream Theater e Blind Guardian.

O século XXI começou para o Rock com o advento do Nu Metal, nova versão do Trash com incursões de outros estilos como Rap, o Hardcore e elementos até de música eletrônica, representada por Bandas como o Limp Bizkit, Linkin Park, System of a Down, Korn e Slipknot e outras um pouco mais Pop como Creed, Nickelback e o The Calling. Outro estilo que teve um breve período de sucesso nessa década foi o EMO, que nada mais é do que um Pop Rock com letras tristes e depressivas.

Rock no Brasil

O Rock nacional começou nos anos 60 com a Jovem Guarda, que eram basicamente os sucessos do Rock americano com versões em português. Eu considero o primeiro artista de rock genuinamente brasileiro o saudoso Raul Seixas, que foi o primeiro a mesclar o Rock com ritmos brasileiros, como o forró, fórmula que foi repetido posteriormente pelo Raimundos nos anos 90 e mais recentemente pela cantora baiana Pitty. Nos anos 70 tivemos bandas importantes como os Mutantes que lançou Rita Lee no cenário nacional, Made in Brazil e Patrulha do Espaço.

O boom do Rock brasileiro foi nos anos 80, quando, no auge da ditadura surgiram bandas como os Paralamas do Sucesso, Titãs, Legião Urbana, Ultraje a Rigor e Capital Inicial com letras de protesto, atitudes de rebeldia e uma sonoridade diferente do Rock que se fazia no resto do mundo naquela época. Um divisor de águas nesse período foi o primeiro Rock in Rio, em 1985 onde pela primeira vez os artistas nacionais dividiram o palco com algumas das maiores estrelas do Rock mundial como Ozzy, Queen, Scorpions, AC/DC, Whitesnake, entre outros.

O Metal também teve vez no Brasil, tendo como bandas principais o Sepultura, com mais de 25 anos de estrada tocando um trash metal de qualidade e nos anos 90 lançou obras primorosas mesclando o Metal com ritmos brasileiros, até indígenas em discos como o Chaos A.D. e o Roots. O metal melódico teve seu ponto alto com o Angra, Dr. Sin, Shaman e mais recentemente o Almah.

Em resumo, o Rock é, para quem curte, muito mais que um estilo musical, e sim um estilo de vida! Para quem não gosta é um gênero que já foi morto e enterrado há muito tempo, mas que continua lotando estádios até hoje! Peço desculpas se não citei a banda preferida de alguém, mas se for falar de todos num único post vou precisar de outro Blog! Hoje é o dia de comemorarmos o bom e velho Rock n’ Roll e como diria Ronnie James Dio...WE ROCK!

Lista dos 10 maiores disco de Rock da história (na minha modesta opinião)

1.    Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band – The Beatles
2.    Vol. 4 – Black Sabbath
3.    Burn – Deep Purple
4.    Dark Side Of The Moon – Pink Floyd
5.    …And Justice For All – Metallica
6.    Use You Illusion I e II – Guns n’ Roses
7.    In-A-Gadda-da-Vida – Iron Butterfly
8.    Fear Of The Dark – Iron Maiden
9.    Back in Black – AC/DC
10.   Stripped – Rolling Stones



terça-feira, 10 de julho de 2012

CD – Foo Fighters – Foo Fighters


Primeiro disco do Foo Fighters do ex-baterista do Nirvana Dave Grohl, agora atuando como vocalista e guitarrista em sua própria banda, que recentemente ganhou o Grammy de melhor disco de rock na premiação deste ano. Eu já tinha 2 CDs deles comprados há uns tempos atrás, o One By One e o There’s Nothing Left to Loose e recentemente comprei esse e uma coletânea para ampliar a coleção.

O disco começa com This is a Call, uma das primeiras músicas da banda a fazer sucesso nas rádios seguida por I’ll Stick Around, música de riff rápido e pesado. Big Me é outra faixa que ficou bastante conhecida com uma batida um pouco mais lenta quase uma balada. Na sequência temos Alone + Easy Target, Good Grief e Floaty. Em alguns momentos dá até para sentir um “toque de Nirvana” nas músicas.

Seguimos com Weenie Beenie, outra faixa bem pesada e com vocais distorcidos, Oh, George, For All The Cows que tem uma levada meio blues/country alternando para o hard rock em alguns momentos. Fecham o CD X-Static outra com estilo meio Nirvana, Wattershed e a climática Exhausted.

Nada mal para um disco de estreia na minha opinião, principalmente para um músico que pela primeira vez tocava guitarra e cantava. Não é à toa que se tornou uma das melhores bandas de rock da atualidade! Recomendo a todos!

Lista de músicas:
01. This is a Call
02. I’ll Stick Around
03. Big Me
04. Alone + Easy Target
05. Good Grief
06. Floaty
07. Weenie Beenie
08. Oh, George
09. For All The Cows
10. X-Static
11. Wattershed
12. Exhausted

Onde: Fnac.com
Quanto: R$13,90

Capa do CD:

sábado, 7 de julho de 2012

CD – Ringo Starr – Goodnight Vienna


Em comemoração ao aniversário do ex-Beatle Ringo Starr, o post de hoje é dedicado ao seu quarto disco solo, Goodnight Vienna, lançado em 1974. O Disco conta com a participação de vários amigos de Ringo, tanto nas composições como nas letras. Entre os “amigos” de Ringo presentes no disco destacam-se Elton John, Klaus Voorman, Dr. John, Billy Preston, além dos ex-companheiros de Beatles Paul McCartney e John Lennon.

O CD tem 14 faixas começando com a música-título, Goodnight Vienna foi composta por John e é uma música bem animada com base no piano tocado pelo próprio Lennon e acompanhada por palmas, em seguida temos Occapella, mais swingada com uma batida quase funk e acompanhamento de metais. Na sequência temos Oo-Wee, a balada Husbands and Wives e Snokeroo, composta por Elton John e Bernie Taupin e com Elton ao piano numa das melhores músicas do disco.

A faixa seguinte, All By Myself, conta novamente com Lennon desta vez na guitarra e Dr. John ao piano seguida de Call Me e depois por No No Song, que curiosamente teve uma versão em português gravada por Raul Seixas com o nome Não Quero Mais Andar na Contramão nos anos 80. A versão de Raul é praticamente idêntica à de Ringo tanto nos arranjos como na letra, traduzida na íntegra. Only You é uma versão curiosa para o grande sucesso do The Platters com participações de Lennon, Billy Preston e Steve Cropper.

Easy for Me é mais uma balada seguida por uma outra versão mais curta de Goodnight Vienna. Fecham os disco a ótima Back of Boogaloo, a estranha Blindman e por último Six O’Clock, uma música bem no estilo de Paul McCartney que compõe a participa da gravação no piano e nos backing vocals. Um bom disco que só pelas participações especiais já vale a pena ouvir, recomendado para Beatlemaníacos em geral!

Lista de músicas:
01. Goodnight Vienna
02. Occapella
03. Oo-Wee
04. Husbands and Wives
05. Snookeroo
06. All By Myself
07. Call Me
08. No No Song
09. Only You (and You Alone)
10. Easy For Me
11. Goodnight Vienna (reprise)
12. Back of Boogaloo
13. Blindman
14. Six O’Clock (extended version)

Onde: FNac Morumbi
Quanto: R$14,90

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sexta-feira, 6 de julho de 2012

CD/DVD – Heaven&Hell – Live At Wacken


Último show do Black Sabbath como Heaven&Hell, quando tocaram apenas músicas da era DIO reunindo a formação que gravou os álbuns The Mob Rules de 1981 e Dehumanizer de 1990 com Tony Iommi, Geezer Butler, Vinnie Appice e Ronnie James Dio. Essa também foi a última apresentação ao vivo de DIO antes de sua morte meses depois vítima de câncer.

O show foi gravado no tradicional festival de Wacken na Alemanha em 2009 com o H&H como uma das atrações principais encerrando a turnê do álbum The Devil You Know que passou pelo Brasil com shows em SP e POA e que tive a felicidade de assistir no Credicard Hall. O repertório inclui, além de 3 faixas desse disco, Bible Black, Follow the Tears e Fear, clássicos como Mob Rules, Time Machine, Heaven and Hell e Neon Nights. O DVD anterior, Live at the Radio City Music Hall tem um set list mais completo, mesmo assim o show do Wacken não fica atrás, principalmente por trazer as músicas do disco novo.

Apesar de já um pouco debilitado pela doença, DIO não deixa transparecer o abatimento e faz o show com uma voz impecável e o carisma de sempre ao se relacionar com o público durante toda a apresentação. Geezer e Appice tocam a seção rítimica com maestria e muito peso enquanto Iommi desfila seus riffs e solos com uma competência cada vez mais impressionante.

Ao todo são 11 músicas que, pelas circunstâncias acabaram se tornando a despedida de um dos mestres do Metal e consequentemente da banda que não seguiria adiante após a perda do vocalista e tempos depois anunciaria seu retorno com Ozzy novamente sob o nome Black Sabbath. É o registro do fim de uma era que redefiniu o metal criado pela própria banda anos antes. Os 2 são vendidos separado, o DVD inclui ainda como extras as entrevistas dos membros do grupo ao apresentador Eddie Trunk do programa That Metal Show do canal a cabo VH1 e mensagens de despedida para DIO de Tony, Geezer e Vinnie. Recomendo a todos os fãs de Sabbath e de DIO, item obrigatório!

Lista de Músicas:

1.              Mob Rules
2.              Children of the Sea
3.              I
4.              Bible Black
5.              Time Machine
6.              Fear
7.              Falling on the Edge of the World
8.              Follow the Tears
9.              Die Young
10.           Heaven and Hell
11.           Neon Nights

Onde: Saraiva Shop. Ibirapuera
Quanto: R$34,90 (DVD) / R$19,90 (CD)

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segunda-feira, 2 de julho de 2012

CD – Legião Urbana - V


Está na hora de começarmos a falar de Rock Nacional aqui no Colecionarock. Vou começar com um disco um pouco antigo mas que é um dos meus preferidos, trata-se do V (cinco) da Legião Urbana. Lançado em 1991, esse disco é considerado pelos próprios integrantes como o “Dark Side of The Moon” da Legião, devido ao conceito do álbum e por ser um estilo mais psicodélico em relação aos 4 discos anteriores.

O disco abre com Love Song, uma melodia feita em cima de um texto clássico do séc. XIII que serve como introdução para o que vem a seguir. A épica Metal Contra as Nuvens alterna momentos leves e acústicos com riffs pesados e guitarras distorcidas, para mim uma das melhoras músicas de toda a carreira da banda. A Ordem dos Templários vem em seguida para dar uma quebrada no ritmo com uma instrumental bem suave para depois voltar à psicodelia em A Montanha Mágica.

O disco segue com O Teatro dos Vampiros, talvez a música com mais “cara de Legião” e que tocou muito nas rádios. Na sequência temos Sereníssima e Vento no Litoral uma balada bonita, porém meio triste que também ficou nas paradas de sucesso por um bom tempo assim como O Mundo Anda Tão Complicado. Fecham o disco a ótima L’âge D’or, uma faixa bem Rock n’ Roll para quebrar um pouco o ritmo mais lento das anteriores e Come Share My Life, uma instrumental bem arrastada que parece até música de ninar em alguns momentos.

Considero esse disco como o auge da Legião, que já estava emplacando sucessos desde Que País É Esse e que vinha de outro ótimo álbum, o Quatro Estações, mas em V eles criaram uma sonoridade nunca vista no Rock Nacional criando uma sequência de músicas que se encaixam perfeitamente uma com a outra, para mim uma obra-prima! Item obrigatório na coleção de qualquer um!

Lista de músicas:
01. Love Song
02. Metal Contra as Nuvens
03. A Ordem dos Templários
04. A Montanha Mágica
05. O Teatro dos Vampiros
06. Sereníssima
07. Vento no Litoral
08. O Mundo Anda Tão Complicado
09. L’âge D’ór
10. Come Share My Life

Onde: N/A
Quanto: N/A

Capa do CD: