quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Especial – Iron Maiden - Cerveja Trooper

Hoje farei um post diferente falando sobre a cerveja Trooper, lançada pelo Iron Maiden há alguns meses na Europa e que chegou recentemente ao Brasil em bares, empórios e supermercados. Fabricado pela Robinson’s Brewery, cervejaria tradicional inglesa de mais de 170 anos, a cerveja fez tanto sucesso com os fãs da banda, que a empresa teve que interromper a produção das cervejas tradicionais para aumentar a produção da Trooper. O primeiro lote que chegou por aqui em algumas lojas do Pão de Açucar e alguns bares de SP esgotou em poucos dias.

Não sou nenhum mestre cervejeiro, longe disso, mas como bom apreciador que sou da tradicional bebida alemã, resolvi arriscar e escrever um review sobre a Trooper. A garrafa já é um atrativo, com a tradicional imagem do Eddie utilizada no single que dá nome à cerveja estampada no rótulo colado a uma garrafa de vidro marrom. Logo no 1º gole, percebe-se que é uma típica cerveja inglesa, de cor escura (tipo Âmbar) e um sabor amargo e levemente adocicado. Aos poucos, você vai se acostumando com o paladar e começa a sentir o gosto forte da cerveja de trigo torrado, que realça o amargor. Com graduação alcoólica de 4.7% e o gosto forte e acentuado, ela é ideal para tomar à noite ou em dias mais frios.

Claro que ela fica melhor ainda se você tomar ouvindo um bom Heavy Metal de fundo, de preferência o próprio Maiden. Na 1ª vez que experimentei, num churrasco com os amigos, colocamos The Trooper para rolar e servimos um a um, antes de fazer um brinde especial, à amizade e uma das maiores bandas do mundo! Depois comprei umas garrafas para saborear em casa e poder escrever esse post com mais propriedade. Independente do gosto musical, é uma cerveja que vale à pena ser degustada com prazer! Se você for fã do Iron então, melhor ainda!

Informações:
Garrafa:500ml
Cervejaria: Robinsons
País de Origem: Inglaterra
Grupo da Cerveja: English Pale Ale
Estilo da Cerveja: Special/Premium Bitter
Cor: Âmbar
Graduação Alcoólica: 4,7%
Temperatura ideal para consumo: de 5 a 7° C
Copo ideal: English pint

Onde: Emporium Dini’s – Shop. Morumbi
Quanto: R$22,90

Garrafa/Rótulo



terça-feira, 10 de dezembro de 2013

CD – John Lennon & Yoko Ono – Sometime In New York City (duplo)

Terceiro disco solo de John Lennon, creditado como John Lennon, Yoko Ono and The Plastic Ono Band, Sometime In New York City foi produzido por Phil Spector, amigo de John e que foi o responsável pela polêmica produção do álbum Let It Be, o único dos Beatles sem a produção de George Martin. Um disco marcado por músicas de forte conteúdo político como Woman Is The Nigger Of The World e John Sinclair, e que inclui um CD bônus com algumas faixas ao vivo, inclusive de John tocando com Frank Zappa.

Disco 1

Começamos com Woman Is The Nigger Of The World, cujo título causou poêmica pelo uso do termo nigger, considerado racista, a música é uma balada com pitadas de blues e R&B seguida de Sisters, Oh Sisters cantada por Yoko numa levada alegre quase uma música infantil/adolescente. Attica State já mostra o estilo de rock mais característico da fase solo de John emquanto Born In A Prison volta para o ritmo mais lento e mais uma vez é cantada por Yoko. New York City mostra um rock rápido e direto com John cantando as aventuras dele e da esposa na “Big Apple”. Sunday Bloody Sunday é uma referência à morte de 13 pessoas numa passeata na Irlanda do Norte em 1972, mesmo fato que inspirou a canção homônima do U2, anos depois.

A faixa seguinte, The Luck Of The Irish também fala da Irlanda, numa calma balada acústica cantada por John seguida de John Sinclair, mistura de blues e country com guitarra carregada no slide numa levada que lembra a faixa Spider Man do Ramones. Fechando o CD temos Angela, referência a Angela Davis, membro do partido dos Panteras Negras condenado pelo assassinato do juiz Harold Haley num bela interpretação de Lennon e Ono juntos e por último We’re All Water, um rock rápido de mais de 7 minutos, mais uma vez na voz de Yoko.

Disco 2

Com gravações ao vivo de duas apresentações diferentes somando 5 faixas começando com áudio de qualidade apenas razoável inclusive em MONO. A primeira é a clássica Cold Turkey, numa interpretação rápida e com um vocal agressivo de John, seguida por Don’t Worry Kyoko, que nada mais é do que uma improvisação da banda fazendo um fundo para os berros de Yoko, ambas tiradas de uma apresentação em 1969 para um concerto da UNICEF com Billy Preston, George Harrison e Keith Moon.

Na sequência, 4 músicas tiradas da apresentação com Frank Zappa e o Mother’s Of Invention em 1971; Well (Baby Please Don’t Go), que apesar do nome, não é uma versão do clássico de Muddy Waters, apesar de também puxada para o Blues, Jamrag (outro festival de berros da Yoko), Scumbag, mais psicodélico no estilo Zappa e fechando com Au, continuação da faixa anterior.

Um disco interessante de se ouvir, instrumentalmente falando, traz o som característico da carreira solo de Lennon e bem produzido por Spector, que conseguiu deixar Yoko com uma voz até que aceitável para quem não era cantora! Paguei uma pechincha na BRJ Discos considerando que era um disco duplo, ainda mais depois que pesquisei o quanto custava nas grandes lojas como FNac, Saraiva e Submarino. Recomendo aos Beatlemaníacos (ou apenas Lennonmaníacos) de carteirinha!

Lista de Músicas
Disco 1
     1.       Woman Is The Nigger Of The World
     2.       Sisters, Oh Sisters
     3.       Attica State
     4.       Born In A Prison
     5.       New York City
     6.       Sunday Bloody Sunday
     7.       The Luck Of The Irish
     8.       John Sinclair 
     9.       Angela
     10.   We’re All Water
Disco 2 (ao vivo)
     1.       Cold Turkey
     2.       Don’t Worry Kyoko
     3.       Well (Baby Please Don’t Go)
     4.       Jamrag
     5.       Scumbag
     6.       Au

Onde: BRJ Discos

Quanto: R$11,90

Capa do CD

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

CD – Joe Bonamassa – Had To Cry Today

Segundo disco do guitarrista americano Joe Bonamassa, sucessor do excelente CD de estreia Blues Deluxe que já postei anteriormente (veja aqui), Had To Cry Today segue a mesma linha do anterior com foco no blues moderno com pitadas de rock. Mais uma vez, Bonamassa apresenta um instrumental de qualidade aliado a um vocal cheio de feeling e muita energia nos solos.

O disco abre com tudo na faixa Never Make Your Move Too Soon com um blues rápido e distorcido acompanhado de um vocal agressivo e um órgão psicodélico seguida por Travellin’ South que segue a mesma linha porém ainda mais rápida. Junction 61 é uma introdução melódica para Reconsider Baby, clássico do blues que já teve inúmeras versões, uma delas com o mestre Eric Clapton que com Bonamassa ganha uma roupagem mais lenta e dramática. Around The Bend muda um pouco o estilo com uma levada acústica e um vocal suave.

Revenge OF The 10 Galon Hat é um instrumental que volta ao blues rápido com algumas pitadas de country, seguida por When She Dances, balada estilo R&B com o órgão predominando de fundo. Na sequência temos a faixa título, Had To Cry Today, que começa lenta numa levada mais swingada antes de entrar num rock rápido com cara de anos 70 e segue alternando momentos rápidos e lentos durante toda a música seguida de The River, outro blues clássico, praticamente só com voz e guitarra.

Fechando o CD temos When The Sun Goes Down com o a guitarra carregada no slide e Faux Mantini, seguindo a mesma linha, um pouco mais acústica mas bem rápida e virtuosa.  Comprado num saldão da FNac da Av. Paulista, juntamente com um outro dele ao vivo que postarei mais adiante, ambos por apenas R$10 cada um! Recomendo para todos os amantes do blues moderno! Vale a pena conferir!

Lista de músicas:
01. Never Make Your Move Too Soon
02. Travellin South
03. Junction 61
04. Reconsider Baby
05. Around The Bend
06. Revenge Of The 10 Gallon Hat
07. When She Dances
08. Had To Cry Today
09. The River
10. When The Sun Goes Down
11. Faux Mantini

Onde: FNac Paulista

Quanto: R$10,00 (saldão) 

Capa do CD

terça-feira, 26 de novembro de 2013

CD – Pink Floyd – The Dark Side Of The Moon

Considerado um dos melhores discos de rock de todos os tempos, e um marcos dos anos 70, The Dark Side Of The Moon é o maior sucesso do Pink Floyd, juntamente com The Wall. Um disco conceitual em que todas as músicas se completam numa sequência que termina de forma apoteótica na faixa final Eclipse. Desse disco saíram 2 grandes sucessos da banda, Time e Money.

O disco começa com o falatório de Speak To Me, que serve de introdução para Breath, uma linda balada psicodélica que começa com um solo que faz você pensar que está numa ilha no Hawaii até a entrada do vocal sempre com os solos de fundo. On The Run também começa cheia de efeitos com um barulho que parece que atravessa seu cérebro, principalmente se ouvida com fones de ouvido e assim vai até o fim quando emenda na conhecidíssima Time, um dos hits do CD com seus despertadores e mais de 7 minutos de duração!

Seguimos com The Great Gig In The Sky, mais uma faixa que começa lenta com um belo solo e uma voz declamando um poema antes de entrar uma bela voz feminina fazendo uma espécie solo vocal acompanhada por instrumental psicodélico de órgão, guitarra e bateria ao fundo seguida por Money, outro grande sucesso desse disco e sua levada mais funkeada. Us And Them é a música mais longo do CD com quase 8 minutos de duração numa balada com direito a Sax e tudo o mais!

Por fim temos mais 3 músicas que fecham esse registro histórico com Any Colour You Like, outra faixa bem psicodélica, Brain Damage com uma levada mais rápida e alegre cujo refrão fala de um Lunático e finalizando com a épica Eclipse em um final apoteótico que traz um clímax que resume bem o disco, que mais parece uma ópera, onde todos os Atos (ou músicas) são interligados e se completam em uma única peça musical!

Realmente esse é um disco acima da média e merece todos os títulos que tem. Uma das muitas curiosidades que dizem sobre ele, é que se você escutá-lo enquanto assiste o filme O Mágico de Oz, as músicas se encaixam perfeitamente com as imagens. Nunca tive paciência para fazer o teste, mas se alguém quiser tirar a prova, fique à vontade. De qualquer forma, é um dos melhores discos de todos os tempos, item obrigatório em qualquer coleção!

Lista de músicas:                            
01. Speak To Me/Breathe
02. On The Run
03. Time
04. The Great Gig In The Sky
05. Money
06. Us And Them
07. Any Colour You Like
08. Brain Damage
09. Eclipse

Onde: Lojas Americanas

Quanto: R$14,90

Capa do CD

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Especial CD – The Beatles – Live At The BBC (duplo)

Quando os Beatles remanescentes (na época em que George Harrison ainda estava vivo) resolveram “abrir o baú” de gravações antigas no início dos anos 90, a primeira novidade que apareceu, antes ainda da coleção Anthology que já postei anteriormente, saiu o disco duplo Live At The BBC, com gravações ao vivo da banda na rádio inglesa entre os anos de 1963 e 65. Entre composições próprias e clássicos do rock, além de trechos de depoimentos e entrevistas dos integrantes, ao todos são mais de 60 faixas distribuídas nos 2 CDs. Agora em novembro será lançado o Vol. 2 com mais gravações dessa época, algumas faixas se repetem pelo que li a respeito, mas não deixa de ser um material inédto.

Disco 1

Com 34 faixas sendo 29 faixas e 5 takes com trechos de entrevistas e apresentações o primeiro CD vem com vários clássicos do Rock não só dos Beatles como músicas que os influenciaram. Após uma introdução dos 4 um versão rápida de From Me To You alterada para From US To You de apenas 27 segundos. A primeira música propriamente dita é I Got A Woman, antigo sucesso de Elvis seguida por Too Much Monkey Business e Keep Your Hands Off My Baby. A balada I’ll Be On My Way tem uma levada bem característica da época enquanto Young Blood volta para o rock mais básico.

O disco segue com A Shot Of Rhythm And Blues numa batida semelhante a Twist And Shout, mas um pouco mais lenta seguida de Shure To Fall e Some Other Guy, todas seguindo a mesma linha de Rock n’ Roll básico, assim como Thank You Girl, onde se pode ouvir algumas fãs gritando ao fundo. Baby It’s You é outra baladinha agradável acompanhada de That’s All Right Mama, música do bluesman Artur Crudup cantada por Paul que também fez sucesso na voz de Elvis, e Carol que posteriormente foi gravada pelos Rolling Stones. Soldier Of Love é outra balada que décadas depois ganhou uma versão com o Pearl Jam.

Clarabella tem a gaita de John em destaque, I’m Gonna Sit Right Down And Cry mostra o lado alegre das composições da banda na época e Crying, Waiting, Hoping mostra o tradicional jogo de vozes entre John, Paul e George, marca registrada dos Beatles nessa fase. Na sequência You Really Got A Hold On Me, To Know Her Is To Love Her e A Taste Of Honey. Long Tall Sally de Little Richard aparece depois com menos de 2 minutos com Paul cantando no melhor estilo Richard gritando a plenos pulmões antes de I Saw Her Standing There e The Honeymoon Song.

Outro grande clássico do rock vem com Johnny B. Goode de Chuck Berry cantada por George seguida por Memphis Tenesse e Lucille, outra de Little Richard também com Paul nos vocais. Fechando o primeiro disco temos Can’t Buy Me Love do filme (e do disco) A Hard Days Night terminado com Till There Was You outra balada romântica novamente com Paul no vocal principal.

Disco 2

No segundo CD, o festival de rock continua com mais 29 músicas mostrando todo o repertório dos Beatles na época, tanto próprio quanto covers que tocavam desde os tempos do Cavern Club em Liverpool. Abrimos o CD com A Hards Day Night, sucesso nas rádios e no cinema, já que era a música tema do primeiro filme dos Beatles, seguida por I Wanna Be Your Man, cantada por Ringo e que posteriormente seria “doada” aos Rolling Stones ganhando uma versão na voz de Mick Jagger. Outro cover de Chuck Berry, Roll Over Beethoven vem a seguir, em outra boa performance vocal de George.

All My Loving mostra mais um rock simples mas bem executado seguida pela balada Things We Said Today e She’s A Woman, a primeira (e única) música dos 2 discos com mais de 3 minutos. John lidera o vocal na cover Sweet Little Sixteen e na faixa seguinte Lonesome Tears In My Eyes. O disco continua com Nothing Shake, The Hippy Hippy Shake e Glad All Over, sem muitas mudanças no estilo alternando apenas o vocal principal com John, Paul e George assumindo o microfone dependendo da música.

I Just Don’t Understand mostra uma pegada um pouco mais Country para voltar para a batida mais rock novamente Top So How Come antes de mostrar mais um hit com I Feel Fine seguida por I’m A Loser do disco Beatles For Sale e Everybody Is Trying To Me Baby. A sequência fica ainda melhor com Rock And Roll Music, Ticket To Ride, Dizzy Miss Lizzy e o medley Kansas City/Hey Hey Hey. Ringo surge novamente como vocalista no cover de Carl Perkins, Matchbox acompanhada de I Forgot To Remember To Forget Her. Fechando o disco 2 temos I Got Find My Baby, mais uma vez com a gaita d John aparecendo, Ooh! My Soul, a baladinha Don’t Ever Change, a cadenciada Slow Down e mais um rock classic com Honey Don’t antes de finalizar com uma versão relâmpago de apenas 53 segundos de Love Me Do.

Um disco para Beatlemaníaco nenhum botar defeito, mostrando a banda no auge da fama, mas ainda longe do auge criativo que viria alguns anos depois. De qualquer forma, é um registro importante da maior banda de todos os tempos, de quando faziam sucesso nas rádios há 50 anos atrás. Comprei nos EUA, numa loja do Walmart em Miami no ano do lançamento. Paguei barato na época pois em 1994 o dólar estava 1/1 com o Real que tinha acabado de ser implantando, paguei aproximadamente US$20 (o que daria pouco mais de R$20) quando aqui no Brasil estava custando uns R$50! Item obrigatório!

Lista de Músicas:
*Excepcionalmente não informarei a lista de músicas aqui por falta de espaço.

Onde: Walmart Miami
Quanto: US$20,00

Capa do CD



terça-feira, 12 de novembro de 2013

CD – Black Label Society – Order Of The Black

Penúltimo disco de estúdio da banda do guitarrista Zakk Wykde, o Black Label Society, Order Of The Black foi lançado em 2010 e mostra um BLS ainda mais pesado com Wylde cada vez mais confiante e virtuoso. O disco tem 14 faixas, 13 delas inéditas e uma faixa bônus com um cover excelente de Junior’s Eyes, do Black Sabbath, provavelmente uma homenagem ao seu eterno mestre, Ozzy Osbourne.

Começa o CD com Crazy Horse num riff característico de Wylde cheio de bends acompanhado de um vocal agudo que fica distorcido na parte do refrão seguida por Overlord que começa bem lenta com uma levada de guitarra carregada no Wah-Wah e um leve acompanhamento da bateria até explodir num riff com a mesma levada mas mudando a distorção e a velocidade. Parade Of The Dead já começa a mil por hora com guitarra e bateria velocíssimas e segue nesse ritmo durante toda a música num típico metal Wyldiano!

Darkest Days é uma daquelas baladas melosas de piano que Zakk coloca em todos os discos do BLS, melodicamente perfeita mas um pouco repetitiva para quem conhece bem a discografia da banda. Voltando a velocidade e peso tradicionais, temos Black Sunday com um solo nervoso antes do riff e Southern Dissolution num riff mais pesado e arrastado. Para quebra o ritmo novamente, mais uma baladinha metal com Time Waits For No One.

Na segunda metado do disco temos Godspeed Hellbound num metal alucinante com o bumbo duplo a milhão e um riff que lembra os tempos áureos do Pantera de Dimebag Darrel, grande amigo de Zakk, seguida por War of Heaven que começa num clima bem soturno no melhor estilo Metallica mas depois volta ao Black Label de sempre! Shallow Grave é outra faixa lenta, com piano e um vocal quase irreconhecível de Wylde enquanto Chupacabra é uma introdução virtuosa de violão para Riders Of The Damned, outra faixa com a cara do BLS!

Fechando o CD temos January uma balada acústica que combina com a versão quase irreconhecível de Junior’s Eyes, música do Black Sabbath do último álbum com OzzY (Never Say Die) aqui numa versão lenta ao piano mas excelente! Mais um bom disco do Black Label Society, que fica um pouco monótono por ter muitas músicas lentas no meio, embora todas sejam muito boas musicalmente falando. Compre apenas se você for fã da banda ou de Zakk!

Lista de Músicas:
01 – Crazy Horse
02 – Overlord
03 – Parade Of The Dead
04 – Darkest Days
05 – Black Sunday
06 – Southern Dissolution
07 – Time Waits For No One
08 – Godspeed Hellbound
09 – War Of Heaven
10 – Shallow Grave
11 – Chupacabra
12 – Riders Of The Damned
13 – January
14 – Juniors Eyes*
*Bonus Track

Onde: FNac Paulista
Quanto: R$9,90

Capa do CD

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Especial CD – Guns N’ Roses – Use Your Illusion (Parte 2)

Disco 2

O segundo CD começa tão bem (ou melhor) quanto o anterior com o hit Civil War num ritmo um pouco mais lento assim como 14 Years cantada por Izzy, numa batida mais cadenciada levada no piano contrastando com o peso da guitarra em alguns momentos. Yesterdays mantém a pegada um pouco mais lenta numa balada rock suave com alguns momentos mais pesados seguida de outra cover com a clássica Knockin’ On Heaven’s Door de Bob Dylan que nas mãos do Guns ganhou uma versão Reggae-Rock!

Continuamos com Get In The Ring, onde Axl literalmente “chama pra porrada” alguns críticos musicais americanos de revistas especializadas, citando nominalmente Bob Guccione Jr da Spin e Mitch Wall da KERRANG!. Shotgun Blues volta para o Hard Rock pesado tradicional do Guns para depois voltar a dar uma diminuída no ritmo com Breakdown, uma balada de mais de 7 minutos com uma guitarra pesada dando o contrapeso à melodia do piano. Pretty Tied Up tem um começo meio Indiano com cítara.

Locomotive é outra das músicas longas com mais de 8 minutos de muito Hard Rock com as guitarras de Slash e Guilby duelando acompanhadas das batidas firmes de Sorum e um vocal analasado de Axl. So Fine é outra balada suave dessa vez cantada por Duff deixando o clima pronto para a faixa seguinte, que é uma das minhas preferidas...Estranged! O começo tranquilo até engana com Axl sussurrando o vocal antes da entrada da bateria o solo chorado de guitarra num andamento que vai crescendo recheado de solos e melodias numa das faixas mais bem produzidas dos 2 discos.

Fechando o segundo CD temos o hit You Could Be Mine, que como já foi dito fez parte da trilha sonora do filme Exterminador do Futuro 2 (e também apareceu novamente em Exterminador 4 – A Salvação), a versão alternativa de Don’t Cry com a letra totalmente modificada em relação à do disco 1 e por ultimo o Rap (?) My World, com pouco mais de 1 minuto de Axl fazendo um vocal meio Hip Hop em meio a scratches e efeitos vocais encerrando essa obra-prima em 2 atos de forma mais do que inusitada.

A versão que tenho em CD dos 2 discos é da coleção Millenium, portanto não ter informação nenhuma do encarte original, porém tem todas as músicas gravadas em ótima qualidade. A capa também vinha com o layout da coleção, mas com a opção de usar a capa original dentro, já a contra capa segue mesmo o padrão Millenium. Itens obrigatórios em qualquer coleção pois fazem parte da história do Rock!


Lista de Músicas

Disco 2
01 – Civil War
02 – 14 Years
03 – Yesterdays
04 – Knocking On Heaven’s Door
05 – Get In The Ring
06 – Shotgun Blues
07 – Breakdown
08 – Pretty Tied Up
09 – Locomotive
10 – So Fine
11 – Estranged
12 – You Could Be Mine
13 – Don’t Cry (alternative)
14 – My World

Onde: Lojas Americanas - Shop. Interlagos

Quanto: R$9,90

Capa do CD

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Especial CD – Guns N’ Roses – Use Your Illusion (Parte 1)

Um dos marcos do Hard Rock da década de 90, os álbuns Use Your Illusion partes I e II do Guns n’ Roses marcaram época com 2 LPs duplos repletos de músicas dos mais variados estilos e muitas delas se tornaram grandes sucessos sendo tocadas até hoje, mesmo com a formação atual não tendo (quase) nada a ver com a da época em que foram gravados. Das 30 faixas contidas nos 2 discos, destacam-se as duas versões de Don’t Cry, as covers (Live And Let Die e Knockin’ On Heaven’s Door), Civil War e o grande hit You Could Mine, imortalizado na trilha sonora do filme Exterminador do Futuro 2, com o próprio Arnold Schwarzenegger como protagonista do videoclipe. Esse disco também marca algumas mudanças na formação da banda com as entradas de Matt Sorum (bt) no lugar de Steven Adler e Dizzy Reed efetivado nos teclados. Para não deixar o texto muito longo vou dividi-lo em 2, um para cada disco.

Disco 1

O primeiro CD começa a todo o vapor com Right Next Door To Hell num ritmo alucinante da guitarra e da bateria que fica ainda mais rápido com a entrada do vocal de Axl com 3 minutos de puro Hard Rock! Na sequência uma batida mais lenta e cadenciada para Dust N’ Bones seguida da 1ª das covers citadas acima com Live And Let Die de Paul McCartney. A versão “oficial” de Don’t Cry com a letra que ficou mais conhecida e também ganhou videoclipe aparece em seguida acompanhada de outro hard rock super rápido com Perfect Crime.

O disco segue com You Ain’t The First, baladinha acústica de apenas 2 minutos praticamente só com voz e violão seguida por uma das minhas músicas preferidas dos 2 discos, Bad Obsession. Com um introdução tocada na gaita por Teddy Adriates (o principal motivo por ser uma das minhas favoritas), a música mistura o Hard Rock com o blues já que tem também uma levada no piano e um vocal não tão agudo de Axl como de costume. Back Off Bitch segue a linha do hard rápido após uma introdução mais melódica da guitarra de Slash e Double Talkin’ Jive lembra um pouco a sonoridade dos tempos do Apetite.

A faixa seguinte é uma das mais emblemáticas do disco e outra que teve um clipe muito tocado na época com a balada épica de November Rain e seus quase 9 minutos de melodia e drama que ficava ainda mais forte com as imagens do vídeo! Depois, duas músicas com o tema “Jardim” com The Garden e Garden Of Eden. Se ambas são parecidas no título, não se pode dizer o mesmo sobre as músicas, já que a primeira é uma balada mais lenta e cadenciada e a outra parece ter sido acelerada ao extremo (como nas imagens do clipe).

Fechando o disco 1 temos ainda Don’t Dawm Me com uma levada parecida com a de You Could Be Mine, Bad Apples outro Hard bem executado assim como Dead Horse, que começa lenta na voz de Axl até a entrada triunfal dos outros instrumentos. Por último, Coma dá um mais um toque de dramaticidade com uma epopeia pesada de mais de 10 minutos comandada por Slash e com a voz de Axl cheia de distorção além de outros efeitos de mixagem. Sem dúvida uma das melhores do disco. (Continua no próximo post)


Lista de músicas:
Disco 1
01 – Right Next Door To Hell
02 – Dust N’ Bones
03 – Live And Let Die
04 – Don’t Cry (original)
05 – Perfect Crime
06 – You Ain’t The First
07 – Bad Obsession
08 – Back Off Bitch
09 – Double Talkin’ Jive
10 – November Rain
11 – The Garden
12 – Garden Of Eden
13 – Don’t Damn Me
14 – Bad Apples
15 – Dead Horse

16 - Coma

Capa do CD


terça-feira, 29 de outubro de 2013

CD – Eric Clapton – Clapton

Penúltimo disco de estúdio de Eric Clapton lançado em 2010, Clapton é mais um excelente disco de Blues do Deus da Guitarra, como muitos o chamam. Focado no blues e com pitadas de jazz e rock, Clapton é um disco tranquilo digno de um músico de quase 70 anos, mas sem perder a classe nem a qualidade.

Travelin’ Alone abre o CD com um blues tradicional no melhor estilo Clapton numa batida lenta e constante uma levada de guitarra acompanhada de órgão e bateria seguida por Rocking Chair, essa já mais voltada para o Jazz. River Runs Deep volta ao blues numa balada recheada de solos enquanto Judgement Day vem com um bluesão clássico de guitarra e gaita para o deleite deste que voz escreve, apreciador de longa data do instrumento e gaitista nas horas vagas!

Continuamos com How Deep Is The Ocean, novamente flertando com o Jazz emu ma faixa lenta lembrando um pouco o estilo do último disco de Paul McCartney, Kisses On The Bottom, assim como na faixa seguinte, My Very Good Friend The Milkman com um naipe de metais no melhor estilo das antigas Big Bands americanas. Can’t Hold On Much Longer volta ao blues clássico em outra faixa com um ótimo acompanhamento da gaita tocada por Kim Wilson seguida de That’s No Way To Get Along, outra boa faixa de blues um pouco mais funkeada.

Everything Will Be Alright é uma balada blues típica tendo o piano como element principal e alguns acordes de metais preenchendo o som na música mais longa do disco com mais de 6 minutos. Diamonds Made From Rain também tem como base principal o piano e até um pouco mais lenta que a anterior numa balada romântica tradicional enquanto When Somebody Thinks You’re Wonderful volta para o Jazz estilo “Big Bands.”

Fechando o disco temos Hard Times Blues, mais um bluesão bem tradicional assim como Run Back To Your Side e finalizando com uma versão de Autumn Leaves, clássico da música francesa imortalizada na voz de Ives Montand. Achei esse disco por apenas R$10 na BRJ Discos, lojinha de CDs na Av. Paulista que sempre garimpo bons discos com preços baixos. Um ótimo disco de blues, para ser ouvido por amantes do gênero de todas as idades, que com certeza vai agradar. Recomendo!

Lista de Músicas:
01 – Travelin’ Alone
02 – Rocking Chair
03 – River Runs Deep
04 – Judgement Day
05 – How Deep Is The Ocean
06 – My Very Good Friend The Milkman
07 – Can’t Hold Out Much Longer
08 – That’s No Way To Get Along
09 – Everything Will Be Alright
10 – Diamonds Made From Rain
11 – When Somebody Thinks You’re Wonderful
12 – Hard Times Blues
13 – Run Back To Your Side
14 – Autumn Leaves

Onde: BRJ Discos (Av. Paulista, 657)

Quanto: R$10

Capa do CD


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Especial LP – Ministry – The Mind Is A Terrible Thing To Taste

Mais um disco da banda de Metal Industrial Ministry, antecessor do já postado Psalm 69 (veja aqui), The Mind Is A Terrible Thing To Taste foi lançado em 1989 com Al Jourgensen e sua turma fazendo um metal pesado recheado de elementos eletrônicos e efeitos de voz. O disco é bem parecido com o seguinte e traz alguns sucessos como Burning Inside e So What.

Lado A

O disco abre com Thieves, com uma batida rápida e alguns scratches e samplers acompanhado a voz de Jourgensen rasgada e distorcida intercaladas com alguns efeitos de vozes como se fossem de TV. Burning Inside, o single de divulgação do LP, começa um pouco lenta com o baixo, mas só a entrada da bateria em ritmo alucinante e um riff pesado e sincopado com o vocal carregado de um efeito que parece estar ambaixo d’agua, seguida de Never Believe, outra faixa super veloz e extremamente pesada! Fechando o lado temos a ótima Cannibal Song, mais lenta do que as anteriores com a base no baixo e um vocal mais limpo e agudo.

Lado B

O segundo lado começa com Breathe, que nada tem a ver com a música homônima do Pink Floyd, e sim mais um rock pesado que começa num volume baixo para explodir no riff e na bateria! So What segue a mesma linha abusando dos samplers e efeitos de voz por mais de 8 minutos, enquanto Test volta para o metal mais cru com pitadas de Hardcore e o instrumental baixo/guitarra/bateria muito pesado!  Para encerrar, Faith Collapsing, muito parecida com as faixas do Psalm 69, mas um pouco mais lenta e cadenciada.

Curiosidade: Devido aos efeitos e bateria eletrônica usados no disco, durante a turnê foram necessários 2 bateristas! Esses são os 2 discos que tenho dessa banda, que já não se reúne mais desde a morte do guitarrista Mike Scaccia, ano passado. É um som diferente mas muito bom, vale a pena escutar com atenção. Tanto esse quanto o Psalm 69 estão disponíveis na iTunes Store a um preço bem acessível, mesmo com a recente alta do dólar. Recomendo!

Lista de músicas:
Lado A
01. Thieves
02. Burning Inside
03. Never Believe
04. Cannibal Song
Lado B
05. Breathe
06. So What
07. Test
08. Faith Collapsing

Onde: N/A

Quanto: N/A

Capa do disco


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Especial LP – Bon Jovi – New Jersey

Lançado em 1988, New Jersey é um dos melhores álbuns do Bom Jovi e foi o disco que firmou a banda de vez como um dos grandes nomes no cenário do Hard Rock dos anos 80 com hits como Born To Be My Baby e a balada I’ll Be There For You. O LP é o quarto na discografia da banda, lançado após o estrondoso sucesso de Slippery When Wet.

Lado A

O disco já começa com um rock de primeira com Lay Your Hands On Me com sua batida mercante cheia de solos servindo de introdução para a voz de Jon, primeiro declamando para depois entrar no refrão com acompanhamento apenas do teclado e das backing vocals antes de explodir no riff de Sambora. Logo em seguida, outro petardo com Bad Medicine com um riff balanceado e cheia de contratempos abrindo caminho para o primeiro grande hit do disco, a clássica Born To Be My Baby.

Living In Sin é a primeira balada do LP, no melhor estilo Bom Jovi, melosa ao extremos mas que arrepia as mocinhas até hoje seguida de Blood On Blood, voltando ao Hard Rock mais rápido e pesado recheado de melodias de teclado. Fechando esse lado do disco temos Homebound Train com uma introdução com cara de Led Zeppellin mas voltando ao estilo tradicional da banda logo depois.

Lado B

No segundo lado temos Wild Is The Wind, com uma lenta introdução dedilhada no violão antes de entrar numa levada suave e que vai aumentando a velocidade no decorrer da música seguida por Ride Cowboy Ride, um take de apenas 1 minuto e meio de uma baladinha country de voz e violão. Stick To Your Guns por outro lado começa pesada com guitarra e bateria entrando juntas para depois cair numa balada acústica bem tranquila e voltar para a parte pesada no refrão.

O grande sucesso do disco vem na sequência, com uma das baladas mais “mela-cueca” de todos os tempos... a clássica I’ll Be There For You, que fez muito adolescente dançar nas festinhas da escola (inclusive este que vos escreve)! Fechando esse ótimo disco temos 99 In The Shade, outro Hard Rock padrão do Bon Jovi, bem rápido e com uma levada bem agradável e terminando com Love For Sale, outra faixa puxada para o country com direito até a gaita acompanhando o violão numa música bem diferente do resto do disco, mas que fecha muito bem a sequência.

Comprei esse LP quando era adolescente, depois me desfiz dele e me arrependi, acabei comprando novamente num sebo no bairro do Brooklin, em São Paulo anos depois. Um dos grandes clássicos do rock dos anos 80 que merece respeito e que, ao lado do Appetite For Destruction do Guns, se tornou um dos maiores discos de Hard Rock de todos os tempos! Recomendo!
Lista de músicas:

Lado A
01 – Lay Your Hands On Me
02 – Bad Medicine
03 – Born To Be My Baby
04 – Living In Sin
05 – Blood On Blood
06 – Homebound Train
LadoB
07 – Wild Is The Wind
08 – Ride Cowboy Ride
09 – Stick To Your Guns
10 – I’ll Be There For You
11 – 99 In The Shade
12 – Love For Sale

Onde: Sebo Empório das Letras – Av. Pd. Antonio José dos Santos, 1201

Quanto: R$12,00

Capa do LP

sábado, 12 de outubro de 2013

Show – Black Sabbath – Campo de Marte, São Paulo

Finalmente o dia tão esperado chegou! Depois de meses de espera desde de que comprei o ingresso logo no 1º dia de vendas no Credicard Hall eis que chega o dia do show do Black Sabbath em São Paulo! A 4ª apresentação do Sabbath no Brasil (se contarmos o show do Heaven&Hell em 2009) é a primeira, e talvez única, com OzzY Osbourne nos vocais. O show, que faz parte da turnê do novo disco 13, trouxe quase toda a formação original da banda que não contou com Bill Ward, que desistiu da reunião antes da gravação do disco alegando divergências contratuais.

Antes do horário previsto, como já tinha acontecido em Porto Alegre, as sirenes começaram a soar acompanhadas pelos gritos de OzzY “I Can’t F*cking Hear You!” anunciando War Pigs, o primeiro dos muitos clássicos da noite! Apesar dos problemas técnicos de som (que infelizmente ocorreram várias vezes, a música soou como hino cantada pelas quase 70 mil pessoas presentes no Campo de Marte. Into The Void veio seguir e continuou agitanto a galera acompanhada por duas músicas do Vol.4, Under The Sun e o hit Snowblind.

A primeira faixa do disco presente no set foi Age OF Reason, que apesar de soar perfeita não empolgou tanto como se esperava. O mesmo não se pode dizer das três músicas que vieram a seguir; Black Sabbath teve tudo o que tinha direito, o barulho da chuva e os trovões, os sinos, e o riff que marcou o início do Heavy Metal levando a plateia ao êxtase seguida por Behind The Wall Of Sleep. N.I.B foi uma das que mais agitou o público desde o solo introdutório do baixo de Geezer até a última nota fechando uma sequência que era quase todo o lado A do primeiro disco da banda (faltando apenas The Wizard).

End Of The Beginning teve uma recepção melhor que Age Of Reason das músicas do novo disco abrindo caminho para outra sequência clássica, dessa vez do Paranoid com Fairies Wear Boots e a instrumental Rat Salad seguida do solo longo solo de bateria, que foi a deixa para o pessoal poder ir ao banheiro e pegar mais uma cerveja. O solo terminou já emendando nas batidas de Iron Man o que fez a galera voltar correndo para o pista pois mais alguns clássicos estavam por vir!

A última faixa de 13 foi o single de lançamento do disco, God Is Dead e agitou mais do que as outras duas juntas com uma performance de arrepiar. Veio então Dirty Women, uma música que ainda não entendo o que faz no set list dessa turnê, já que dessa fase final do OzzY no Sabbath nos anos 70 tem músicas mais interessantes, de qualquer forma, Mr. Osburne arrancou risos da plateia quando disse: “ I Love dirty women!” Logo depois, o lendário vocalista anunciou que tocariam mais uma música, e se a galera ficasse “extra f*cking crazy” tocariam mais uma! Nada diferente do que já havia feito no RS dias antes.

Children Of The Grave levou a galera ao êxtase com seu riff clássico e um excelente vocal de OzzY que agradeceu a todos e deixou o palco juntamente com o resto da banda. Alguns momentos de suspense e todos retornam com OzzY puxando o core de “One more song, one more song”, obviamente acompanhado por 70 mil vozes. Eis então que Iommi entra com Sabbath Bloody Sabbath deixando a galera ensandecida com a “surpresa” que não durou muito já que tocou apenas a introdução e emendou na hit final que todos esperavam: PARANOID! É inegável dizer que, mesmo já tendo escutado essa música nos 3 shows que eu vi do OzzY, nada se compara a emoção de ouvi-la pela guitarra do próprio Iommi, o mestre criador do Heavy Metal!

Um misto de alegria e tristeza tomou conta da plateia ao final do show, alegria por ter testemunhado um evento histórico e tristeza por saber que o espetáculo tinha terminado. De qualquer forma foi uma noite memorável! Para mim, que já tinha visto o Sabbath duas vezes com outros vocalista (94 com T. Martin e 2009 com DIO) e três vezes o OzzY solo, esse foi um dos shows mais impressionantes que já vi, comparado apenas talvez ao show de Paul McCartney em 2010 no Morumbi!

Sobre a ausência da Bill Ward: acho que ela é sentida muito mais historicamente e pelo fato de poder dizer que vi um show com a formação 100% original do que tecnicamente falando, uma vez que Tommy Cufletos dá contado recado e bem. Duvido que Bill, por melhor que seja aguentasse um show desse nível, consequentemente uma turnê inteira. Sobre o local: acho que o Campo de Marte não é o lugar ideal para um show desse porte, que na minha opinião caberia muito bem em um estádio. O terreno irregular aliado ao espaço que foi delimitado para o show (que eu acho que podia ser bem maior) não ajudam muito, mas nad que estragasse uma noite que entrou para a história dos grandes shows de São Paulo. Inesquecível!

Setlist
1- "War Pigs"
2- "Into the Void"
3- "Under the Sun/Every Day Comes and Goes"
4- "Snowblind"
5- "Age of Reason"
6- "Black Sabbath"
7- "Behind the Wall of Sleep"
8- "N.I.B."
9- "End of the Beginning"
10- "Fairies Wear Boots"
11- "Rat Salad'
12- "Iron Man"
13- "God Is Dead?"
14- "Dirty Women"
15- "Children of the Grave"
Bis
16- "Paranoid"
Onde: Campo de Marte
Quanto: R$300,00

Ingresso



terça-feira, 1 de outubro de 2013

CD – George Harrison – Brainwashed

Disco póstumo do ex-Beatle George Harrison, lançado no ano seguinte da sua morte e que foi finalizado por seu filho Dani e o amigo e produtor Jeff Line. Brainwashed mostra George fiel ao seu estilo que mantinha desde os tempos dos Beatles, quando suas primeiras composições começaram a aparecer, como Norwegian Wood e Taxman.

O disco começa com Any Road, uma faixa alegre que uma levada de violão suave e os solos de guitarra bem no estilo que George carrega desde os tempos dos Beatles seguida de P2 Vatican Blues, um rock estilo clássico com pitadas de blues como o nome diz. Pisces Fish segue a mesma linha da faixa de abertura com um sotaque indiano aparecendo numa espécie de Mantra no início num balada bem tranquila enquanto Looking For My Life lembra um pouco o estilo de Tom Petty, com quem Harrison tocou no Travelin’ Wilburys.

Na sequência temos The Rising Sun, na mesma linha das anteriores seguida por Marwa Blues, como o próprio nome diz, um blues com “sotaque” indiano com a sonoridade inconfundível de George na guitarra e que se repete na faixa seguinte, Stuck Inside A Cloud. Run So Far tem uma batida rock básica acompanhada do violão, enquanto Never Get Over You é uma baladinha tranquila e suave, com ritmo lentos e solos de blues. Between The Devil And The Deep Blue Sea é uma música de andamento alegre com um estilo que varia entre o rock clássico e o Jazz.

Fechando o CD temos Rocking Chair In Hawaii, com uma levada lenta e o vocal suave seguida da faixa que dá nome ao disco, Brainwashed, a mais longa e mais pesada do disco com uma guitarra mais distorcida e a bateria mais rápida e forte. Comprado na extinta Livraria Siciliano do Shopping Market Place em SP, não é um disco muito fácil de se encontrar, mas que vale a pena ser escutado com atenção, até porque são as últimas gravações de um dos mestres do rock n’ roll! Recomendo!

Lista de Músicas:

01 – Any Road
02 – P2 Vatican Blues
03 – Pisces Fish
04 – Looking For My Life
05 – The Rising Sun
06 – Marwa Blues
07 – Stuck Inside A Cloud
08 – Run So Far
09 – Never Get Over You
10 – Between The Devil And The Deep Blue Sea
11 – Rocking Chair In Hawaii
12 – Brainwashed
Onde: Livraria Siciliano – Shop. Market Place
Quanto: R$4,99

Capa do CD

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Especial – Rock in Rio 2013

Acabou mais um Rock in Rio e a edição de 2013 foi recheada de astros dos mais variados estilos nacionais e internacionais, como nas versões anteriores. Do Pop ao Death Metal, passando pelo Axé e o Eletrônico, o festival reuniu grandes lendas do Rock como Bruce Springsteen, Bon Jovi, Iron Maiden e Metallica e novos nomes da cena musical como John Mayer, Florence & The Marchine, entre outros. O que escrevo abaixo é a minha impressão dos shows que consegui assistir pela competente transmissão do canal pago Multishow, que fez uma cobertura completa do Rock in Rio mostrando todos os shows, entrevistas e tudo o mais.

No primeiro dia, nada muito relevante para os amantes do Rock já que as atrações principais eram Ivete Sangalo, David Guetta e Beyonce. Destaque apenas para a cantora baiana que cantou Love Of My Life do Queen, imortalizada por Freddy Mercury na 1ª edição do festival em 1985. Já o dia seguinte teve shows bem mais interessantes. O Capital Inicial fez um show prá lá de competente com Dinho Ouro Preto comandando a plateia com muito carisma e energia (impressionante como ele parece não envelhecer)! Entre os muitos sucessos da banda apresentados como Veraneio Vascaína e Fátima, uma homenagem ao Charlie Brown Jr. que dias antes tinha perdido o segundo integrante em menos de 6 meses após o suicídio do baixista Champignon, e uma ótima versão de Mulher de Fases do Raimundos. 

Na sequência, o Offspring veio com uma coleção de clássicos que fez muita gente voltar aos anos 90 com hits como Come Out And Play, Why Don’t You Get A Job e Pretty Fly. A banda americana não deu descanso para a plateia que pulou o show inteiro. Depois assisti um pouco do show da banda alternativa Florence And The Machine, que não conhecia. Achei a vocalista uma excelente cantora, embora o show tenha sido um pouco repetitivo na minha opinião, mas pelas reações que vi da plateia, dever ter emocionado muita gente. Dos shows do dia 15 (domingo) não assisti nada, já que não tinha nenhum artista que despertasse qualquer interesse.

O segundo fim de semana de shows começou na quinta-feira, dia 19, e talvez tenha sido o melhor dia do festival graças aos shows excelentes que o Alice In Chains e o Metallica apresentaram. Jerry Cantrel e companhia fizeram um show emocionante com hits do calibre de Rooster, Would, Dowm In The Hole, além de Man In The Box, é claro. Me impressionou o vocalista atual da banda, Willian DuVall. Em alguns momentos jurei que era Laney Stayley quem estava cantando! O Metallica fechou a noite com um show sem novidades em relação ao que apresentou aqui em 2010 na sua turnê solo e no último Rock in Rio de 2011. Como não teve nenhum lançamento nesse período (exceto pelo disco Lulu, gravado em parceria com Lou reed), o setlist foi bem parecido com o que aparece no DVD Orgulho Paixão e Glória. De qualquer forma, não faltaram sucessos como Wherever I May Roam, One, Enter Sandman e Seek & Destroy, levando a galera ao delírio!

Na sexta, a grande atração da noite (para mim) foi o show de Ben Harper acompanhado do gaitista americano Charlie Musselwhite. Quem me acompanha aqui no blog sabe como sou fã desse ícone do Blues que foi uma das minhas grandes inspirações para adotar a gaita como instrumento musical. Com um show diferente do que se esperaria num festival de música pesada, Harper e Musselwhite tocaram um setlist baseado no disco Get Up que ambos lançaram no começo do ano, mesclado com outros sucessos da carreira de cada um. Um showzaço, mas que acho que infelizmente, poucos deram o devido o valor.

Fechando esse dia, tivemos duas bandas mais voltadas para o estilo Pop/Rock, Matchbox 20 e Nickelback, que preparam as fãs para o show mais aguardado da noite, Bon Jovi. Chamado (ridiculamente) de Fábio Jr. do rock, por um grande portal de internet nacional, Bon Jovi fez um show burocrático. Sem o guitarrista Richie Sambora que deixou a banda meses atrás por problemas pessoais e sem o baterista Tico Torres que chegou ao Rio com problemas de saúde, tendo inclusive que ser operado, a banda fez o que pode considerando os desfalques, mostrou competência na parte instrumental, mas a voz de Jon parece não ser mais a mesma. Mesmo assim agradou muita gente.

No sábado não consegui assistir quase nada, tirando alguns minutos do show de Bruce Springsteen já no começo da madrugada. Queria muito ter visto o John Mayer, que disseram ter sido excelente, mas não deu. Ficou então para domingo o dia mais pesado do festival. No começo da tarde, os alemães do Destruction botaram um peso extremo no palco Sunset com um Metal pesadíssimo que não sei classificar. De qualquer forma, a galera se emplogou e várias “rodinhas” se abriram próximo ao palco! Mais no começo da noite, Sepultura e Zé Ramalho (ou Zépultura como disse Andreas Kisser em um determinado momento) fizeram um show diferente, que me lembrou o disco do Metallica com o Lou Reed que citei acima.

Na sequência veio o peso e a agressividade tradicionais do Slayer, que apesar dos problemas técnicos, empolgou os metaleiros mais fervorosos! Só achei um erro a escalação do Avenged Sevenfold para tocar depois deles. Fora a absurda diferença histórica e relevância das duas bandas no cenário do Metal, colocar uma banda que mais parece um Pop Metal para tocar entre Slayer e Iron Maiden foi uma tática um tanto quanto suicida na minha opinião. Mas aparentemente o público não se importou tanto com isso e o show do Avenged ocorreu sem maiores incidentes, pelo que pude notar.

Veio então o momento mais esperado do festival...Iron Maiden! Trazendo a tão aguardada turnê retrô Maiden England, baseada no disco Seventh Son Of A Seventh Son, o Maiden trouxe toda a sua parafernália e todos os Eddies que todos gostam de ver! O show teve um problema técnico logo no começo com o microfone de Bruce que demorou para ser ligado e os primeiros versos de Moonchild não puderam ser ouvidos. Problema superado, o Iron fez o show com a maestria de sempre, com todos os sucessos de sempre como Trooper, The Number, The Prisioner, entre outros, algumas faixas não se costumava ouvir como a própria Seventh Son e a já citada Moonchild. “Intrusas” no setlist apenas Afraid To Shoot Strangers e Fear Of The Dark, mas que deram um toque mais atual ao repertório! Um showzaço, como era de se esperar que fechou o festival com chave de ouro!


No geral, acho que foi um festival a altura das outras edições, principalmente as primeiras, Apesar do que muitos dizem, desde o começo o Rock in Rio foi um festival eclético misturando o Rock com Pop, MPB e outros ritmos. Se for para eleger um dia como o melhor, para mim seria o dia 19, pois os shows de Alice In Chains e Metallica foram os que mais me empolgaram, embora nos outros dias tenham tido atrações a altura! Destaco também a excelente cobertura feita pelo Multishow, que diferentemente da Globo, está acostumado a cobrir esse tipo de evento e com um time musicalmente experiente, seja como músico ou como jornalista/apresentado, casos de Beto Lee, Jimmy London do Matanza e as ex-MTv Didi Wagner e Titi Muller. Infelizmente não pude assistir in loco, como gostaria, me restou acompanhar pela TV para poder escrever esse post! Quem sabe numa próxima edição! Long Live Rock n’ roll! Long Live Rock in Rio!

Fotos

Offspring
 Alice in Chains
 Metallica
 Ben Harper & Charlie Musselwhite
 Iron Maiden